A anatomia da maxila esconde em seu interior verdadeiros labirintos, estruturas e variações que, em muitos casos, permanecem escondidas à vista dos profissionais da odontologia. Muitas dessas variações anatômicas, como o canalis sinuosus (CS), desempenham papéis vitais e, ao mesmo tempo, podem representar desafios clínicos.
Essencialmente, o CS é uma passagem sutil que alberga o nervo alveolar superior (NAS), originário do nervo infraorbital. Em sua localização mais comum, na região anterior da maxila, ele se torna uma zona de risco. Devido à sua natureza e posição, é comum que seja confundido em radiografias convencionais com patologias periapicais, apresentando-se como uma radiolucência apical. A falta de reconhecimento adequado dessa estrutura pode resultar em consequências não intencionais e indesejadas, como iatrogenias.
Quando os dentistas embarcam em procedimentos invasivos nessa região, principalmente em reabilitações com uso de implantes nos pilares caninos, o risco associado ao CS é amplificado. Uma intervenção sem o conhecimento apropriado pode resultar em complicações como parestesias e hemorragias, muitas vezes só identificadas quando já estão em curso, surpreendendo o profissional e impactando o paciente.
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